
A saúde e a doença não acontecem simplesmente. Ambas são processos activos induzidos pela harmonia ou desarmonia interior, influenciados pelo estado de consciência e a capacidade ou incapacidade das pessoas tirarem partido da experiência.
O corpo deixa de ser visto como uma "máquina" para ser entendido como um organismo, um sistema dinâmico, um contexto, um campo de energia dentro de outros campos. A dor e a doença deixam de ser vistas como desarranjos ou anomalias para serem percebidas como informações sobre conflitos e desarmonias.
Assim, o dualismo corpo-mente esfuma-se. A mente deixa de ser um factor secundário para ser um factor primário e de igual valor em qualquer doença. O doente é um ser humano e, por conseguinte, não deve ficar reduzido a um número afixado nos exames, nos processos médicos e nos serviços de saúde. Os aspectos qualitativos são superiores aos quantitativos. Os relatos subjectivos dos pacientes e as intuições dos médicos devem ser levados em consideração.
O bem-estar, a saúde, emana de uma matriz corpo/mente, reflectindo harmonia psicológica e somática.
Finalmente, toda a cura é auto-cura. Significa isto que a cura vem sempre como um resultado directo do doente perceber-se a si mesmo como um todo, o que implicará uma mudança de pensamento, ou seja, uma transformação de atitudes, valores e convicções.