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BASES DA PSICOLOGIA INTEGRAL


O conceito da Psicologia Integral deve-se a Ken Wilber. A sua obra concentra-se basicamente na integração de todas as áreas do conhecimento (ciência, filosofia, arte, ética e espiritualidade).

A preocupação em unir ciência e religião apoia-se em sua própria experiência e na de diversos místicos de todas as grandes tradições de sabedoria, tanto ocidentais quanto orientais; aliado à sua releitura transpessoal da psicologia analítica de Carl Gustav Jung.

Em 1998, Wilber fundou o Instituto Integral (Integral Institute), organização que reúne os inúmeros pensamentos nas questões sobre a ciência e a sociedade de maneira integral. Ele tem sido pioneiro no desenvolvimento da Psicologia Integral, da Política Integral - e, mais recentemente, de uma nova Espiritualidade Integral.

No dia 4 de Janeiro de 1997, o jornal alemão Die Welt declarou Wilber como "o maior pensador no campo da evolução da consciência". Segundo muitos formadores de opinião em filosofia, psicologia e espiritualidade, Ken Wilber seria o maior filósofo da actualidade, envolvido no desenvolvimento das estruturas e idéias que, quando reconhecidos e aplicados, tendem a ampliar a futura visão de mundo, ciência e religião em um novo paradigma "integral".

Desde recentemente, Wilber dedica-se à prospecção de uma "Teoria de Tudo", um metamodelo do conhecimento já produzido que possa unificar e estruturar a visão do que chama de Kosmos: físico, vida, mente, alma e espírito.

No livro "Consciência Cósmica" (Kosmic Consciousness), Wilber começou o que ele se intitula: contador de histórias e criador de mapas. As suas histórias falam sobre questões universais e seus mapas integram várias perspectivas do cosmos.

Em "Uma Teoria de Tudo" (A Theory of Everything), texto introdutório ao paradigma integral, Wilber sintetiza suas teorias e ferramentas, e propõe uma visão integral - e unificável - para os negócios, a política, a ciência e a espiritualidade.

Em "Espiritualidade Integral", Wilber expande sua visão Integral para formular uma nova teoria para a espiritualidade, propondo um papel inovador para a religião, transcendência e a sua aplicação no quotidiano.

Bibliografia em português:
O Paradigma Holográfico e Outros Paradoxos (Cultrix, 1991)
O Espectro da Consciência (Cultrix, 1996
)
Consciência Sem Fronteiras (Cultrix, 1989)
Um Deus Social (Cultrix, 1987
)
Transformações da Consciência (Cultrix, 1999)

O Projeto Atman: Uma Visão Transpessoal do Desenvolvimento Humano (Cultrix, 2000
)
O Olho do Espírito (Cultrix, 2001
)
A União da Alma e dos Sentidos (Cultrix, 2001
)
Uma Breve História do Universo (Nova Era, 2001
)
Uma Breve História de Tudo (Via Óptima, 2002
)
Psicologia Integral: Consciência, Espírito, Psicologia, Terapia (Cultrix, 2002
)
Uma Teoria de Tudo (Cultrix, 2003
)
Boomerite: Um Romance que Tornará Você Livre (Madras, 2005
)
Uma Teoria de Tudo (Oficina do Livro, 2005
)
Ken Wilber em Diálogo (Madras, 2006
)
Espiritualidade Integral (Aleph, 2007
)

Fases de Ken Wilber
O próprio filósofo define a sua obra em 5 fases:

Na Fase 1, (-1979), se identifica com a psicologia junguiana e a filosofia romântica, vendo o crescimento espiritual como um retorno ao Self.

Na Fase 2, de 1980 a 1982, adentra a psicologia do desenvolvimento, aprofunda seus estudos da consciência, agregando filosofias ocidentais e orientais. Nesta fase, o crescimento espiritual é fruto do processo de amadurecimento.

Na Fase 3, de 1983 a 1987, compreende o amadurecimento como um processo complexo, onde é necessário um equilíbrio do Self entre o desenvolvimento cognitivo, emocional, social e espiritual; dentre outros. De 1987 a 1995, praticamente não publica, devido a questões pessoais - em especial a grave doença de sua esposa, falecida em 1989.

Na Fase 4, de 1995 a 2001, sua teoria ganha dimensões socioculturais, através da teoria dos quadrantes (eu, isto, nós, istos; intencional, neurológico, cultural e socioeconômico), a aplicação dos mesmos a todo o conhecimento humano, sua interdependência, e o "fundamentalismo" de visões (filosofia, ciências, espiritualidade, psicologia, etc) baseadas em apenas um destes aspectos.

Na Fase 5, "pós-metafísica" (2001-), Wilber parte para uma visão mais integral de sua teoria. A questão transcendente permanece, mas há uma compreensão de todos os níveis da Espiral Dinâmica, inclusive os "mundanos"; em lugar de sua abordagem metafísica (evolução/involução) anterior. Seu próprio modelo passa a ter uma abrangência que se estende a todos os quadrantes, tipos, níveis, linhas e estados previamente definidos em sua prospecção do conhecimento humano.

Conceitos
No modelo de Ken Wilber, a consciência organiza-se em esferas evolutivas que sucessivamente incluem e transcendem a camada anterior. A vida inclui e transcende a organização física e molecular onde ocorre; a mente, por sua vez, inclui e transcende a vida; a alma inclui e transcende a mente; e o espírito, a alma.

A: Matéria / Física - A
B: Vida / Biologia - A+B
C: Mente / Psicologia - A+B+C
D: Alma (sutil) / Teologia - A+B+C+D
E: Espírito (causal) / Misticismo - A+B+C+D+E

Esta idéia que qualquer "todo" conhecido é apenas um "holon" (parte de um "todo maior", conceito holístico emprestado de Arthur Koestler), e aplica-se também átomos, moléculas e organismos; letras, palavras, frases, páginas, livros e idéias; e à própria consciência humana, um holon que se manifesta em quatro quadrantes: eu, isto, nós, "istos" (isto coletivo).

Por este modelo, a negação das camadas vistas como "inferiores" (comum a vários sistemas filosóficos e religiosos), seria um equívoco; assim como o descarte, por parte de alguns campos da ciência, de toda esfera que transcenda os limites de sua visão.

A visão científica em geral considera um "cosmos" da realidade física como "todo", e não um holon. Isso implica a visão de que apenas a física e causalidade seriam as ciências perfeitas e reais. Wilber propõe a retomada do conceito grego de "Kosmos", que inclui não só a matéria, mas também a vida, a mente, a alma e o espírito. Assim, uma visão materialista encontraria explicações para o domínio de seu "olho do físico", criando teorias para o cosmos. Já uma visão de Kosmos implicaria o desenvolvimento de um "Olho do Espírito", uma vez que causas oriundas de um holon transcendente pareceriam inexplicáveis - ou factos acausais, na visão de Carl G. Jung - se considerado apenas a esfera anterior.

Wilber também expande o conceito da Dinâmica da Espiral de Clare W. Graves, um modelo dos estágios do desenvolvimento humano, aplicável a vários campos, de acordo com uma visão do mundo mais ou menos individual, familiar, coletiva ou holismoholística.

Segundo o filósofo, a maioria das visões espirituais e psicológicas incorrem numa visão dualista (racional ou espiritual, ciência ou religião, ego ou essência do ser). Para Wilber, contudo, há um modelo de três camadas (pré-pessoal, pessoal e transpessoal; mítico, religioso ou místico; corpo, ego ou Ser; instinto, intelecto ou intuição; natureza, cultura ou Kosmos), e há um falácia ao incluirmos as experiências pré-pessoais na coluna "espiritual" do modelo anterior. Assim, sua análise discerne, no dito espiritual, aquilo que é "transpessoal" e evolutivo daquilo que seria "pré-pessoal".

Wilber propõe dez níveis e quatro quadrantes que, se combinados, geram a abordagem "todos os níveis, todos os quadrantes" de sua Filosofia Integral.

SUPERIOR ESQUERDO: Interior-Individual, Eu. Psicologia do Desenvolvimento.
SUPERIOR DIREITO: Exterior-Individual, Isto. Neurologia, Ciência Cognitiva.
INFERIOR ESQUERDO: Interior-Coletivo, Nós. Psicologia cultural, antropologia.
INFERIOR DIREITO: Exterior-Coletivo, Istos. Sociologia.

Cada um destes quadrantes apresenta 10 estágios ou níveis, sub-divididos em pré-pessoais, pessoais ou transpessoais:

TRANSPESSOAL: Causal, Subtil e Psíquico
PESSOAL: Centáurico/Visão Lógica, Formal (formop) e Operacional Concreto (conop)
PRÉ-PESSOAL: Rep-ment, Fantásmico-emocional, Sensório-físico e Indiferenciado ou matriz primária.

Nelson S Lima 

(fonte Ken Wilber)