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O CASO DO MOSTEIRO DE PETERBOROUGH

Em 1993 já se sabia que o pensamento e as emoções afetam a saúde. Foi nesse ano que o médico Deepak Chopra lançou o livro "Corpo Sem Idade, Mente sem Fronteiras", o primeiro que li daquele autor e um dos que mais me agradou.

É um livro sobre saúde e envelhecimento  onde o autor, hoje bastante famoso e considerado uma das personalidades do século XX (segundo a revista "Time"), sugere um conjunto de atitudes, hábitos e estilos de vida favoráveis a uma otimização das nossas capacidades, fazendo também uma abordagem muito inteligente ao processo biológico e mental do envelhecimento.

Ele cita um dos seus pacientes que disse "As pessoas não envelhecem. Quando param de crescer é que ficam velhas". 

Segundo Chopra nós temos a idade da "informação" que gira através do nosso corpo, e isso tem a ver com novas aprendizagens, manter-se atualizado e um modo positivo de encarar o mundo e a vida.


Deixem-me que lhes conte uma experiência que teve lugar alguns anos antes e que confirmam esta visão. Em 1979, a psicóloga Ellen Langer fez uma experiência que poderia ter mudado o mundo. Pegou em vários homens de 70 e 80 anos para passarem uma semana num mosteiro de Peterborough, no estado de New Hampshire (Estados Unidos) e deu-lhes uma série de tarefas COMO SE eles estivessem a VIVER nos anos 50. Ou seja, o cenário e as atividades recriavam o ambiente de meados do século XX.

Entre outras coisas, eles viram gravações de programas de televisão e ouviram música daquela época e tiveram até um debate sobre um jogo de futebol americano de 1959. Ou seja, suas memórias dos anos 50 foram puxadas para o futuro (no caso, o final da década de 70, data da experiência). Foi um verdadeiro exercício de recriação!

Quando terminou a semana (e voltaram mentalmente ao dia-a-dia de 1979) a cientista reavaliou todos os voluntários de idades já vetustas. E descobriu resultados fascinantes. Confirmou que os homens mostravam sinais de rejuvenescimento, melhoraram nos testes de visão e audição e revelaram mais facilidade em se movimentarem, nomeadamente graças a uma declarada melhoria nas articulações. Mais: 63% obtiveram melhores resultados num teste de inteligência!

Na época, esta experiência não teve repercussões a não ser na então pequena comunidade científica interessada no envelhecimento. Passou ao lado das grandes notícias e não interessou a mais ninguém.

Felizmente, o mundo mudou e, hoje, experiências como aquela, apenas confirmam que o envelhecimento ativo e criativo fornece mais saúde e longevidade.

Nelson S. Lima