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CONTROLO DA MENTE


O controlo da mente é um assunto delicado, pois levanta questões éticas e morais. Todavia, o controlo da mente também pode realizar-se em contextos social e moralmente aceitáveis. O controlo da mente - sobre os outros - se faz facilmente pois o ser humano tem pouco desenvolvida sua capacidade de defesa face aos instrumentos e às mensagens de controlo que lhe são aplicados.

O ser humano é, neste domínio, ingénuo e crédulo. Seus recursos defensivos não estão musculados e, por isso, é facilmente manipulável mesmo sem o sentir, isto, sem disso ter consciência.

No nível básico, o exercício do controlo da mente, se faz quando tentamos convencer os outros da validade da nossa argumentação e procuramos estabelecer crenças em suas mentes. É o que se faz, por exemplo, na escola tradicional em que as crianças aprendem as instruções ditadas pelos professores. Ninguém discute a "sabedoria" e as "certezas" dos professores. Esta atitude torna as crianças altamente vulneráveis aos "ensinamentos" da autoridade que a criança sente no professor.

Desde esse momento seu cérebro fica preparado para futuras manipulações. E porquê? Porque a escola não desenvolve o senso crítico nem permite a contestação, a dúvida ou negação. Professor manda. Professor sabe. Professor é autoridade. E os pais confirmam.

Nos níveis superiores chegamos à propaganda: a comercial e a eleitoral. Aqui, muitos esforços têm sido feitos para que as mensagens sejam credíveis e aceites como verdades indiscutíveis. Formam-se crenças. Veja-se o poder que certas marcas têm sobre os jovens ao ponto de estarmos certos de que muitos consumidores não compram os produtos mas as marcas que lhe dão nome. Os exemplos, nas últimas décadas, têm sido muitos e variados: Coca-Cola, Adidas, Nike, etc.

Ingenuamente, milhões de consumidores "confundem" as marcas com os produtos de tal forma que através de "testes cegos" (em que os voluntários ignoram as marcas) eles perdem o sentido de escolha. Os erros que cometem revelam como a "marca" influi suas preferências. Isto é aceite pacificamente mas a verdade deve ser dita: é manipulação da mente. Consumidor informado e dotado de sentido crítico e racional não reage por impulso nem emotivamente ao ponto de ser controlado. Infelizmente isso é difícil porque nosso cérebro é honesto.

Na espionagem e na política de alto nível, as técnicas de controlo da mente para impor ideias, crenças, ideologias e outros vírus mentais são mais refinadas.

Nelson S Lima