Com o avançar da idade, o nosso organismo desgasta-se. A esse processo chamamos envelhecimento. O envelhecimento, porém, não é um fenómeno uniforme e regular. Não é uniforme porque o corpo não envelhece todo ele ao mesmo ritmo. E não é regular porque cada órgão e cada sistema - nervoso, imunitário, digestivo, respiratório, etc. - envelhecem de forma muito própria. Podemos ter o coração em excelente forma e a pele envelhecida. Podemos ouvir menos mas ter um raciocínio jovem. Podemos ter uma excelente memória para algumas coisas e ter dificuldade noutras. Não é um jogo do acaso mas o resultado da forma como governamos a nossa vida.
Sentados num sofá morreremos de doença 10 a 15 anos antes do
prazo de tempo que poderíamos viver saudavelmente. Tudo se resume a escolhas e
comportamentos.
Por isso, processos psicológicos têm um enorme poder sobre a
saúde do organismo e muito em especial a do cérebro pois ele está ligado a todo
o corpo - e em especial ao sistema imunitário - através de muitos milhões de
células do sistema nervoso.
Assim, uma mente aberta, positiva, esperançosa e
activa espalha energia por todo o corpo e beneficia o próprio cérebro.
O envelhecimento deixa então de ser uma fatalidade para se
tornar num tempo de novas vivências e novos desafios. Isso vai também reduzir
ou eliminar os sentimentos de solidão, depressão e angústia tantas vezes
associados ao envelhecimento. E porque as emoções não envelhecem podemos então
descobrir novas alegrias e motivos para viver mais e melhor.
Um
último alerta: a prevenção dos problemas que o envelhecimento traz deve
começar muitos anos anos, na própria infância e adolescência.